Manifestações, reuniões, reivindicações, propostas… a comunidade sai às ruas para pedir paz!
Através de vários protestos e reuniões, moradores da Zona Sul de Porto Alegre expressaram, nas últimas semanas, o seu descontentamento com a insegurança pública. O aumento da criminalidade motivou a organização de entidades e reações de moradores de vários bairros da região. Protestos após assassinatos (ocorridos nos bairros Tristeza e Cavalhada), com caminhadas e manifestação em frente à casa do governador, foram os destaques do início de abril. Na sequência, muitas reuniões com propostas e mais reivindicações se espalharam por toda a Zona Sul. Uma destas ideias é a campanha Reaja Cidadão, apresentada pelo movimento Segurança Urgente Zona Sul (movimento apartidário e impessoal criado em março, após o assassinato do capitão Carlos Norberto na Rua Pereira Neto, na Tristeza). Os objetivos são incentivar a participação da população em protestos e ações e também exigir que o Governo do Estado faça investimentos na área da segurança pública. O grupo também prepara um grande protesto no mês de maio contra o que chamam de “prende e solta”, ou seja, a rápida liberação de criminosos, por parte do Judiciário, após serem presos pela Polícia.
Abaixo-assinado é outro recurso
Um deles é o do Segurança Urgente Zona Sul, que pretende reunir 50 mil assinaturas a serem apresentadas ao governador. Considerando a insatisfação da população com o aumento da criminalidade, é uma meta que pode ser alcançada.
Movimento Segurança Urgente Zona Sul
Deboche: “Balão símbolo”
utilizado em manifestações realizadas
no início de abril foi roubado
após ser colocado em frente
à Igreja Nossa Senhora das Graças,
na Tristeza
Manifestações prosseguem
Com a comunidade se movimentando, em diversos bairros da Zona Sul, para pedir melhorias na segurança pública, quem deseja participar das atividades para se somar às reivindicações pode integrar ações como a Mateada da segurança, dia 30 de abril (sábado), a partir das 10h, com concentração na Praça Comendador Souza Gomes, a principal do bairro Tristeza, e coleta de relatos e sugestões relativas à segurança e esclarecimentos de autoridades da área. No dia seguinte (1º/05 – domingo), uma passeata terá início às 11h, logo após a missa na Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Ipanema, percorrendo ruas do bairro. Outras manifestações deste tipo, reivindicando mais segurança, estão sendo programados, com divulgação, pela internet, por meio das redes sociais.
Uso do WhatsApp é uma das estratégias da população
As redes de comunicação de vizinhos para trocar informações por meio do WhatsApp, para garantir mais segurança a todo o grupo, estão se espalhando em todos os lugares, e na Zona Sul de Porto Alegre não podia ser diferente. Em pequenos grupos, formados por pessoas que se conhecem e se comunicam frequentemente, alertando sobre eventuais situações de perigo para sua família e para os vizinhos ou algum crime que possa estar sendo cometido no local, as redes que utilizam o WhatsApp trocam informações entre si, aperfeiçoando formas de uso, definindo regras de utilização para garantir a segurança e a confiabilidade dos participantes e sugerindo mudanças para que os outros grupos possam fazer o mesmo, se desejarem.
Um dos projetos que utilizam há mais tempo este tipo de comunicação é o Vizinhança Segura, que foi apresentado, em 20 de abril, em reunião do Fórum Regional de Justiça e Segurança da Região Sul realizada no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora Aparecida (Rua Leme, 441 – Ipanema). A Associação Ipanema Eu Moro Eu Cuido (realizadora do projeto Vizinhança Segura) também está relatando a experiência em reuniões em outros bairros. No dia 15, por exemplo, a presidente Waneza Vieira participou de uma reunião no Guarujá, onde as entidades SAG e Acomazs e grupos de vizinhos estão planejando a implantação de redes de comunicação e estavam interessados em saber como já funciona a rede de vizinhança no bairro Ipanema.