Em meados de agosto, dona Maria Valdenira Almeida da Fonseca, 60 anos, moradora da Zona Sul há mais de 37 anos, procurou O Jornalecão pois estava passando por enormes dificuldades após uma série de contratempos em sua vida e de sua família. Fomos conversar com Dona Maria e descobrimos que ela é viúva há poucos anos, foi diagnosticada com hepatite C e mora com seu filho de 30 anos, que precisa tomar dois tipos de insulina por causa da diabetes, junto com o neto de 12 anos e a irmã adotiva, que é surda e tem um tumor no abdômen. Dona Maria e sua família vieram morar de aluguel em Ipanema, após perderem tudo em uma enchente quando ainda moravam no bairro Hípica. Após seu filho sofrer uma crise de depressão e transtorno bipolar, que o impossibilitou de arrumar emprego e continuar a faculdade de História, a situação da família ficou ainda mais complicada. Como a família de Maria é de Fortaleza, procurou O Jornalecão para pedir ajuda, pois estava desesperada após lhe roubarem o botijão de gás. Procurando um aluguel mais barato, Dona Maria pretendia se mudar com sua família para a cidade de Guaíba, mas precisava de auxílio para bancar o frete de seus pertences e um transformador para a geladeira, já que lá a voltagem é diferente de Porto Alegre, além da doação de um botijão de gás vazio.
Comovidos e preocupados com a situação, divulgamos a história de dona Maria e sua família e lançamos seu pedido de ajuda aos leitores, e, neste mês, ficamos sabendo que a confiança depositada foi atendida. Dona Maria nos procurou, muito feliz, para agradecer e dizer que já está morando em Guaíba, como queria, após a ajuda de um leitor do jornal que a procurou e fez todas as doações de que precisava. Em contato com o doador, que preferiu manter-se no anonimato, o único pedido foi de que disséssemos que foi através da matéria em O Jornalecão que ele pode ajudar, e que continuássemos mediando oportunidades para que as pessoas colaborem umas com as outras.
Extremamente gratificados por podermos fazer uma ponte para boas ações, através deste leitor e benfeitor anônimo, agradecemos a confiança no nosso trabalho, seja para pedir ajuda, seja para oferecê-la. São situações como essas que nos orgulham de ser uma pequena mídia comunitária, que não possui apenas leitores, mas vizinhos.
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Voz do Leitor: Um pedido de ajuda