Você Sabia? A HISTÓRIA DA ILHA DO PRESÍDIO

A ilha é conhecida por três nomes: Ilha da Pólvora, Ilha do Presídio e Ilha das Pedras Brancas. O local foi escolhido ainda na época do Império para abrigar a Casa da Pólvora. A construção do prédio, realizada pelo Exército Imperial, durou três anos (de 1857 a 1860) e este serviu como depósito para as munições do Exército e da Marinha até 1930, quando os militares abandonaram a ilha. Em 1940, a ilha passa a ser administrada pelo estado, sendo, no local, instalado um laboratório de pesquisa animal entre 1947 e 1948, com o objetivo de descobrir uma vacina contra a peste suína. Em 1956, o prédio foi adaptado para funcionar como presídio de segurança máxima. Em 1964, com a instalação do regime militar, o presídio tornou-se lugar de detenção de prisioneiros políticos. Em 1973, o presídio foi desativado. Já em 1981, o cardeal Dom Vicente Scherer foi sequestrado em Porto Alegre, e isto motivou o então governador, Amaral de Souza, a reabrir o presídio, para os presos de maior periculosidade, os que tentavam fugir ou que cometiam crimes em outras penitenciárias. Desta época, muitas histórias de tentativas de fugas inusitadas são contadas, como sair a nado, remando em panelas, etc, a maioria levando a mortes por afogamento. Em abril de 1983, após muitas denúncias de maus-tratos e de apelos dos adeptos dos direitos humanos, o então governador Jair Soares fechou a prisão. No mesmo ano, a administração da Ilha passou para a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul. E, a partir de então, começou o processo de vandalismo e destruição, até só restarem os esqueletos dos prédios históricos construídos. Em 2005, a Prefeitura de Guaíba foi autorizada a explorar a ilha, mas o abandono continua.

Os prédios ali construídos revelam a solidez arquitetônica das construções antigas, mas só restam as paredes. A Ilha do Presídio tem rara beleza paisagística, o que a diferencia das demais ilhas próximas. Terrenos cristalinos e pedras claras levam a pensar na evolução geológica que ali aconteceu. Existem vestígios de prováveis ocupações pré-coloniais. Por estes motivos, a Ilha do Presídio está registrada no IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e no IPHAE (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado) como um sítio arqueológico.

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