Existem professores que, com garra e vontade, se atualizam para evoluir, e existem professores que acreditam que a educação não tem mais jeito. De qualquer forma, ambos acreditam que mudanças são necessárias e possíveis, para construir bases sólidas a partir de dados concretos da realidade. Não se trata de inventar ou abraçar uma proposta nova ou salvadora, de ser um herói, trata-se de estabelecer um caminho para a diversidade, no qual se possa crescer com as diferenças.
De nada adianta o professor ter apenas um belo discurso, é preciso que os conhecimentos adquiridos de nossos estudos e de nossas experiências de vida façam a diferença no cotidiano, nas relações sociais, aliando-se sempre à dimensão afetiva, que deveria estar permanentemente presente nas práticas pedagógicas.
A educação deve ser sempre um encontro afetivo cujos processos levem ao crescimento humano. Ser um profissional que trabalha com pessoas implica em reconhecer a diversidade e manter uma postura ativa na aproximação das diferenças. Acima de tudo, trata-se de acreditar que as mudanças que tanto sonhamos estão próximas – na verdade estão conosco – e que, se queremos melhorar a educação, temos que iniciar esse processo em nossa própria vida, família, escola e sala de aula.
Como professores, nossa opção deve ser sempre por uma pedagogia de pergunta e de evolução desses questionamentos. Quanto mais acessarmos não só as teorias, mas também as informações que vêm do corpo – desde o olho no olho até um abraço -, perceberemos que somente com afetividade a educação trará benefícios para todos.
Por Professor Valnei Veloso (Viamão/RS)
Orientador Educacional e Especialista em Educação Inclusiva