Na região de Porto Alegre, já foram encontrados vestígios humanos de 12 milhões de anos atrás, nômades que viviam da caça e da pesca e que viram esse local, em volta do lago Guaíba, como perfeito para descansar entre suas idas e vindas. Depois, foram os índios tupi-guarani que se estabeleceram na região, há cerca de 2.000 anos atrás, como os vestígios (pontas de flechas, maceradores de pedra, vasos de cerâmica) testemunham. Foi apenas no século XVll que os estancieiros portugueses se estabeleceram na região e, em 1740, o estancieiro Jerônimo de Ornellas recebeu, oficialmente, a área chamada Sesmaria de Sant ‘Ana, sobre a qual teve início o povoamento das terras que viriam a ser a cidade de Porto Alegre. Em 1755, chegaram 60 casais portugueses vindos dos Açores, tendo como destino as Missões Jesuíticas, mas acabaram ficando aqui devido à guerra contra os índios Guaranis. Já havia várias famílias habitando a região de Porto Alegre, mas separadas em suas estâncias. Os açorianos, enquanto esperavam o momento de viajar para a região da Missões, acabaram construindo abrigos e plantações e ficando por aqui mesmo. Em 26 de março de 1772, data oficial de criação de Porto Alegre, foi inaugurado o povoado (que já existia) e elevado à condição de freguesia por um edital eclesiástico, sendo denominado, então, de Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais.
Durante o século XlX, a cidade cresceu bastante com a chegada de muitos imigrantes de vários continentes, tornando Porto Alegre a cidade cosmopolita de grande pluralidade social e cultural que conhecemos hoje, com uma população de cerca de 1.500.000 habitantes, um território de quase 500.000 km², cercado por um anel de 40 (VER: não são 44 morros?) antigos morros graníticos de um lado e pelo grande lago Guaíba do outro. É no espelho de suas águas que o sol se põe e nos convida, ao fim de cada dia, a apreciar uma das mais lindas e inusitadas obras de arte que a natureza nos oferece.
No aniversário de Porto Alegre, O Jornalecão quer parabenizar todos que viveram, que vivem e que ainda viverão nesta cidade cuja história ultrapassa os 249 anos comemorados e não cabe em qualquer métrica racional que tente contabilizar as experiências aqui vividas, porque estamos falando de memórias e, portanto, de afetos, o que torna a nossa cidade, desde sempre, eterna!