No inverno, com o frio e ressecamento da pele, é normal que rugas e marcas de expressões estejam mais visíveis no corpo e – consequentemente – a preocupação com o envelhecimento da pele aumente. Atualmente, uma das suplementações mais vendidas é a de colágeno, pois ele participa da estrutura de diversos tecidos corporais, como ossos, cartilagens e cabelos. A sua suplementação pode ser utilizada em pacientes com osteoporose e osteoartrite, mas não há recomendação de dosagem sustentada na literatura científica para o seu benefício direto na pele. Além disso, o intestino precisa estar saudável para uma boa absorção de nutrientes e, quando o colágeno é quebrado em aminoácidos, não necessariamente ele será utilizado pelo corpo na síntese de tecidos. Portanto, sua suplementação não possui efeitos comprovados e muito menos repara as deficiências de uma alimentação inadequada. Entretanto, podemos melhorar a sua produção e a saúde da pele através de algumas mudanças na alimentação, incluindo o consumo de lisina – um dos aminoácidos que participa da formação do colágeno, encontrada principalmente em leguminosas como feijão, lentilha, ervilha, soja e grão de bico. Outras opções para a saúde da pele são consumir alimentos ricos em antioxidantes (vegetais e frutas em geral), ingerir a quantidade de vitamina C diária (uma porção de fruta cítrica por dia já é suficiente), manter o consumo de proteína adequado, consumir oleaginosas como castanhas e nozes (que são fontes naturais de selênio e de zinco) e manter a hidratação corporal através da água. Evitar o consumo excessivo de álcool e de tabaco, além do sedentarismo, também são as formas mais eficazes de ter uma estrutura de tecidos saudável e, assim, melhorar de fato a aparência da pele.
Nutricionista Laura Morshak CRN 15624
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