Que momento é este?

Está difícil acharmos algo positivo para falar. É crise para todo lado, em todas as questões, de diferentes níveis. Do financeiro ao ético. Do moral ao estético. Onde perdemos nossas referenciais para chegarmos neste ponto?

Desde muito tempo se fala que educação é o único meio de resgatar cidadania e possibilitar um protagonismo, no qual cada um possa fugir da tentação de se tornar massa de manobra. Hoje, não mais, como antigamente, para questões políticas, mas sim para alimentar esta sociedade consumista e superficial, ingressando em um mundo artificial que cede às tentações que o submundo do tráfico oferece e a sua total falta de valores e princípios.

Concordo com o ex-presidente uruguaio quando diz “em casa se aprende a: cumprimentar, agradecer, ser limpo, honesto, correto, pontual, ser solidário, respeitar os semelhantes, mastigar com a boca fechada, não roubar, não mentir, cuidar das suas coisas e das dos outros, ser organizado. Na escola se aprende: matemática, português, ciências, geografia e reforço aos valores que nossos pais ensinaram”. Valores e princípios são as referências que nós, humanos, precisamos para buscar informações suficientes e necessárias para traçar nossos objetivos e focos para a vida.

Pensemos que desde uma simples escolha até importantes decisões são influenciadas pelo nosso nível de informação/formação e é isto que buscamos com a escolarização. Para esta escolarização efetiva, precisamos de professores estimulados e atualizados, democratização do acesso e permanência na escola, universalização do ensino, atualização dos meios e métodos, modernização de técnicas e recursos.

A escola de tempo integral é a melhor alternativa para tirarmos nossas crianças das ruas, da exposição ao caos urbano e a vulnerabilidade que esta guerra urbana está nos submetendo e, assim, investirmos na formação do ser bem mais humano.

 

 

Cleiton Freitas – vereador e delegado de Polícia - Foto Cris Haensel

 

 

 

Cleiton Freitas
vereador de Porto Alegre
e delegado de Polícia