“Nascidos para vencer”, este é o significado da palavra bíblica “Gaditas” que o lutador de Jiu-Jitsu Eduardo Oliveira aprendeu na prática o que significa. Eduardo coordena o projeto Gaditas que, há 7 anos, vem transformando a vida de jovens da Zona Sul. Atualmente, o projeto atende cerca de 100 crianças, entre o Colégio Custódio de Mello e a Aldeia da Fraternidade.
O projeto beneficia crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos. Os jovens que são atendidos na Serraria treinam 5 vezes por semana, das 15h às 17h e das 18h30 às 20h, sem nenhuma exigência para aqueles que queiram começar a fazer parte do projeto. Segundo o coordenador, o aluno só terá que cumprir com algumas regras após iniciar sua participação regular no projeto: “Averiguamos os boletins e eles devem manter notas boas”, explica Eduardo, que completa “O nosso grande objetivo é manter essas crianças afastadas das drogas”.
Eduardo conta que a idealização do projeto se deu graças a sua própria história de vida. Ex-dependente químico, ele relata que descobriu o Jiu-Jitsu de uma forma inusitada, quando vendeu ração roubada em troca das aulas. Hoje, luta para que os jovens da comunidade tenham um caminho diferente.
O Gaditas tem muitas vitórias: em dezembro do ano passado, o projeto recebeu o prêmio Equipe Kids do Rio Grande do Sul. Também conseguiu levar cerca de 15 crianças para competir em São Paulo, sendo que 4 sagraram-se campeões.
Um dos exemplo desses alunos vitoriosos é Josyel Borba Araujo, de 13 anos. O lutador, que está há 2 anos no projeto, já foi Campeão Brasileiro de Jiu-Jitsu este ano e 9 vezes campeão gaúcho. “Tenho aprendido muito com o projeto”, conta o lutador. “O Jiu-Jitsu é uma ferramenta, é disciplina. Ele deixa estes jovens mais autoconfiantes”, defende Eduardo.
Outro exemplo é o de Daniel Martins, 20 anos, eleito o melhor atleta faixa azul pela Federação Gaúcha de Jiu-Jitsu na categoria adulto, em 2015, detentor de mais de 15 títulos regionais e de boas participações em competições, entre as quais uma terceira colocação no campeonato brasileiro e no Pan Americano, além do vice-campeonato mundial, disputado em junho deste ano, nos EUA. Neste ano, Daniel passou a ser faixa roxa e já ganhou três competições desde a troca de faixa: um campeonato Gaúcho, um Catarinense e o Gramado International Open.
O Gaditas é mantido pela própria coordenação do programa e, como muitas crianças fazem suas refeições no local, o projeto precisa muito de doações para continuar mantendo seu trabalho. Empresas, instituições ou interessados em colaborar com o projeto devem entrar em contato com o professor Eduardo Oliveira pela página do projeto no facebook, Gaditas Jiu-Jitsu, ou pelo WhatsApp 8012-4645.11
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