A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) alerta que, em outubro, começou o deslocamento sazonal de morcegos urbanos, da espécie Tadarida brasiliensis, muito comum em Porto Alegre. Por esta razão, durante os meses de calor do verão, é comum encontrar morcegos nas casas, já que eles têm seus filhotes e buscam a zona urbana devido à abundância de alimento, como cupins, baratas, mosquitos e mariposas. Conforme os morcegos recém-nascidos tornam-se aptos a voar, se inicia a migração de saída da cidade, que ocorre por volta do mês de fevereiro. Neste período, ocorre um expressivo aumento de solicitações envolvendo questionamentos sobre morcegos, junto à Smams.
“No caso de ocorrência com morcegos, o procedimento adequado e permitido por lei é aguardar até que os animais abandonem o local e, após a saída, proceder à limpeza para remoção das fezes”, orienta a bióloga Soraya Ribeiro, coordenadora da equipe, explicando que as fezes podem ser removidas com aspirador de pó ou com auxílio de água sanitária.
No período de frio, até meados de agosto, é possível realizar intervenções nos telhados das propriedades para que os animais não se instalem no local. Vedar as frestas nos forros também evita que as fezes possam cair para o interior da residência, no caso de já existirem morcegos instalados.
Morcegos são espécies nativas e não devem ser mortos ou feridos, nem devem ser alvo de manejo, conforme a Lei de Crimes Ambientais, número 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. “É muito importante destacar que esta espécie de morcego comum em nossa cidade não é a do tipo que suga sangue, como caracterizado no imaginário popular. Esta espécie se alimenta apenas de insetos e tem grande importância no equilíbrio dos ecossistemas. Eles não oferecem riscos às pessoas e, protegidos por lei, não podem ser removidos pela Smams e nenhuma outra instituição, seja privada ou pública”, conclui Soraya.