Investidor propôs reconstrução de salas de aula interditadas em troca da área, mas comunidade escolar quer mais detalhes
O campinho da tradicional Escola Estadual Padre Reus, localizado nos fundos da unidade de ensino, poderá deixar de fazer parte da área. O espaço (de, aproximadamente, 2,6 mil m²), localizado atrás dos prédios de madeira que estão interditados desde 2014, é uma das áreas da escola que poderão ser permutadas pela reconstrução de novas salas de aula que substituiriam as que hoje estão interditadas. Pela proposta apresentada à escola, a contrapartida para a unidade de ensino seria um novo prédio de alvenaria, com 500 m², para “devolver” as salas de aulas hoje desativadas. Outra contrapartida seria a edificação de uma estrutura metálica para cobrir a quadra de esportes da Escola Três de Outubro, sediada também no bairro Tristeza, na Zona Sul de Porto Alegre. Desde então, o assunto está em análise na escola (desde que a diretoria abriu o debate sobre o tema) e também repercutindo nas redes sociais.
Comunidade escolar considera que elementos apresentados são insuficientes para avaliar proposta
Após a proposta ser encaminhada pela Secretaria da Educação (Seduc) à diretoria da Escola Padre Reus, o assunto foi debatido entre os que vivem o dia a dia da unidade de ensino. Em documento encaminhado à secretaria em maio, a diretoria da escola apresentou a posição da comunidade escolar em relação à proposta de permuta do terreno localizado nos fundos da unidade de ensino pela demolição e reconstrução dos pavilhões de madeira, que, atualmente, estão interditados. Após diversas assembleias, todos os segmentos que compõem a comunidade escolar (alunos e seus familiares, professores e funcionários da escola) consideraram que os elementos apresentados são insuficientes para que se possa considerar a proposta apresentada. Assim, com o aval do Conselho Escolar, foi solicitada a realização de laudo pericial sobre o valor de mercado da área da escola que está em análise para ser permutada, além de projeto executivo e memorial descritivo do prédio a ser construído como contrapartida. Só assim a comunidade escolar se sentirá segura para avaliar se a proposta beneficia a escola. Um dos receios de parte dos envolvidos é de que o investimento oferecido em troca do terreno possa ser reduzido em relação ao valor real do imóvel. Por isso, segundo eles, é necessário, primeiramente, a realização do laudo pericial.
Em documento assinado pelo diretor da Escola Padre Reus, Ildo Vilarinho, foi reiterado o interesse no prosseguimento da negociação (após ter a realização do laudo pericial, do projeto executivo e do memorial descritivo do prédio a ser construído como contrapartida), pois a comunidade escolar deseja a reconstrução das salas de aulas que estão interditadas e fazem tanta falta. Mas, foram requeridos ajustes nas contrapartidas oferecidas, pois os prédios que estão em uso atualmente pelos estudantes necessitam de solução para problemas estruturais e há demanda também para a construção (no novo prédio que seria construído) de refeitório e cozinha, algumas salas maiores (onde os alunos possam participar de aulas de arte) e também banheiros em cada um dos dois andares.