Entramos em 2022 com esperança para reiniciar nossas vidas na normalidade e sair do isolamento e das telinhas com incansáveis reuniões de trabalho. Na espreita, a nova variante do coronavírus. É a força da natureza nos impondo limites e reflexões para mudança de comportamentos e ações nas gestões públicas e privadas.
Inundações, como na Bahia, alagam cidades e desabrigam pessoas, que, quando resgatadas, levam seus animais de estimação, deixando tudo para trás. Barragem de rejeitos transbordam, interrompem o trânsito, como aconteceu na região metropolitana de Belo Horizonte. Assim como aconteceu em Mariana e Brumadinho, outra barragem ameaça romper e levar tudo por diante. Esperamos que alertas e evacuações sejam providenciadas para preservar vidas. A assustadora queda do paredão de rocha nos cânions de Furnas com 10 vítimas, em Capitólio. O Rio de Janeiro nos remete às tragédias de deslizamentos de terra que tiram vidas na Baixada Fluminense e região de Angra. Um tornado atingiu o Vale do Itajaí com ventos a mais 130 km/h causando prejuízos materiais. Pessoas atingidas por estes acontecimentos de inundações receberam solidariedade da sociedade e auxílio social, porém, nem sempre poderão retornar a suas casas, prejuízos estes que representam em muitos casos a luta diária em seus trabalhos.
Embora enfrentando a pandemia que há dois anos transformou nossas vidas, vemos a rápida contaminação pela variante Ômicron impondo desafios para recomposição das estruturas de atendimento a tantos novos casos. A logística mundial prova que, sem recursos humanos sadios, serviços são paralisados, como cancelamento do transporte aéreo e retração da economia. Muito falamos em desenvolvimento sustentável. Entretanto, velhos hábitos e costumes continuam desconsiderando os riscos de desastres ambientais, menosprezando a poluição, o aumento dos desmatamentos, demonstrando a falta de políticas públicas de preservação, prevenção e fiscalização. As novas tragédias, com situações recorrentes, se assemelham aos anos velhos. Ainda assim, podemos e devemos fazer a nossa parte no combate à pandemia, mantendo o distanciamento, evitando aglomerações, seguindo as orientações sanitárias e buscar locais onde a natureza nos forneça ambiente saudável, sem poluição, nem riscos. E, como parte desta prevenção, a vacinação, para não incorrermos em mais tragédias, pessoais e familiares.
Lourdes Sprenger – vereadora
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