Segunda caminhada organizada pelo Movimento Preserva Arroio Espírito Santo terminou com abraço simbólico
Após percorrerem cerca de 2 quilômetros para se manifestar contra a implantação do Loteamento Ipanema e distribuir panfletos de divulgação entre os frequentadores do calçadão, os participantes da segunda caminhada em defesa da área verde e do Arroio Espírito Santo terminou com um abraço simbólico em frente à área de 12,9 hectares que está prestes a ser desmatada para a efetivação do empreendimento que deverá contar com prédios na região da orla, além de prever a canalização do curso d’água (o que, segundo os manifestantes, causaria grande impacto na fauna local e também poderia ocasionar alagamentos na região, caso o loteamento venha a ser efetivado).
A manifestação, promovida em 11 de novembro (domingo), foi a segunda realizada pelo Movimento Preserva Arroio Espírito Santo com o objetivo de chamar a atenção para o problema. No domingo anterior (4/11), centenas de pessoas percorreram o calçadão e a Avenida Guaíba pela primeira vez (Comunidade abraça causa e área de mata nativa em Ipanema), com apoio não só de entidades locais, mas também de grupos ligados à defesa do meio ambiente, como Greenpeace, TodaVida e Agapan.
Mobilização comunitária teve início após reunião pública
No dia 10 de outubro, foi realizada reunião pública na qual foram informados alguns dados iniciais sobre a proposta de implantação do empreendimento pela Maiojama, empresa proprietária da área verde situada na divisa entre os bairros Espírito Santo e Ipanema. Após este encontro, solicitado pelo Município a pedido da comunidade, teve início a mobilização comunitária em defesa da área verde (Entidades e moradores da Zona Sul de Porto Alegre se reúnem para debater implantação do Loteamento Ipanema), com os interessados no assunto reunindo-se, semanalmente, às terças-feiras (a partir das 19h30), na sede do Clube do Professor Gaúcho, na Avenida Guaíba, 12060, bairro Ipanema, na Zona Sul de Porto Alegre.
Audiência pública é uma das reivindicações da comunidade
Recentemente, os representantes do movimento composto, principalmente, por moradores da Zona Sul de Porto Alegre solicitaram a averiguação do projeto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smams), indicando supostas irregularidades no processo de liberação do empreendimento (Moradores da Zona Sul de Porto Alegre pedem averiguação do projeto do Loteamento Ipanema).
Paralelamente, o Movimento Preserva Arroio Espírito Santo está buscando outras alternativas para que a implantação do empreendimento seja revista, devido à contrariedade da comunidade em relação ao projeto inicial, que, além do desmatamento de cerca de 70% da área e da canalização do arroio que atravessa a propriedade, prevê ainda a construção de prédios.
Para marcar seu posicionamento favorável à defesa da mata nativa e dos animais que habitam o terreno (além da contrariedade com a proposta de canalização do Arroio Espírito Santo), os manifestantes também estão promovendo um abaixo-assinado virtual, a ser encaminhado à Prefeitura, à Câmara Municipal e ao Ministério Público do RS. Para assinar a petição, que já conta com mais de 13 mil assinaturas e apoio de diversas entidades, basta acessar O Bugio.
Outra alternativa que está sendo articulada pelo grupo é a realização de audiências públicas na Câmara Municipal e também na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, nas quais seria possível a comunidade debater o assunto com o poder público e o empreendedor. A possibilidade começou a ser desenvolvida na concentração para a segunda caminhada, que contou com a participação da deputada Regina Becker Fortunati, do vereador Marcelo Sgarbossa e dos deputados eleitos Sebastião Melo e Sofia Cavedon (atualmente, exercendo o cargo de vereadora).
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