Apesar de ser manifestação popular, é durante as festas juninas que aumentam os acidentes por uso indevido de fogos de artifício à base de explosão, assim como as queimaduras, ferimentos e mutilações. Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina, da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, no Brasil, mais de 5 mil pessoas tiveram que ser internadas em hospitais, entre 2008 e 2017, pelo manuseio inadequado dos fogos de artifício.
Em duas décadas, mais de duzentas pessoas morreram por uso indevido desses fogos. Sem falar nas sequelas deixadas por: queimaduras, ferimentos, cortes, amputações, lacerações, estilhaços, lesões, perda de visão e auditiva. O Serviço de Informação Hospitalar do Conselho Federal de Medicina indica que, nos últimos dez anos, mais de 5 mil pessoas foram internadas pelo manuseio desses fogos. Só no Rio Grande do Sul, tivemos mais de cem acidentados entre 2008 e 2016.
As explosões dos fogos de artifício afetam o comportamento dos animais. Eles se assustam, ficam estressados, entram em pânico, desenvolvem fobia ao barulho e sofrem por não entender o que está acontecendo. Especialmente gatos e cães, que têm mais sensibilidade auditiva. Lembre-se: São João sem rojão também é diversão.
Lourdes Sprenger
Vereadora e ativista da Causa Animal