O irmão de nove anos entregou a raquete de incinerar insetos para o menorzinho de seis.
– Duvido tu apertar o botão e lamber a grade, pra ver o que acontece.
O outro ficou indeciso, a raquete na mão. E o tinhoso insistiu:
– Vai, cagão!
Nisso, a irmã de onze tentou intervir para proteger o caçula.
– Não faz isso, vai ter dar um ….
Tarde demais. Houve um estalido, saiu um pouco de fumaça e veio o grito, mais de susto do que dor.
O mais velho correu e a irmã foi atrás. A perseguição durou alguns segundos pela casa, até que ela o alcançou e deu-lhe uns tapas na cara, depois um socão no meio do peito-de-pomba que o tinhoso chegou a ficar sem ar e revirou os “zoinho”. Foi nesse instante que a mãe chegou para interceder, pegou a guria pelos cabelos e arrastou pro quarto, aos berros.
– Vai ficar de castigo porque bateu no teu irmão outra vez.
E ela, choramingas:
– Foi ele, mãe! Foi ele!