Após a pandemia, instituição passa de 12 mil para 5 mil atendimentos anuais
Em função dos impactos devastadores da pandemia, o Educandário São João Batista, escola especial e clínica de reabilitação localizada no bairro Ipanema, na Zona sul de Porto Alegre, se viu obrigado a reduzir os atendimentos – sempre gratuitos – que oferece a crianças e jovens com deficiências. Isso porque, para não fechar definitivamente as suas portas, o Educandário aderiu ao programa federal de redução salarial, diminuindo, portanto, o tempo das terapias. Com a redução salarial, os custos diminuem e dão um fôlego a mais, mas a média anual de atendimentos, que já foi de 12 mil, passou para a metade: 5 mil.
A Presidente voluntária do Educandário, Jandira Matilde Freire, admite estar preocupada, pois “fechar o Educandário é também uma grande responsabilidade, já que são diversas famílias beneficiadas”. Há mais de 80 anos o tradicional centro de reabilitação e escola de educação especial é reconhecido por oferecer gratuitamente terapias especializadas que são fundamentais para a qualidade de vida de portadores de deficiências. Muitos dos serviços disponibilizados pela instituição não se encontram na Rede Pública de Saúde, razão pela qual as famílias de baixa renda necessitam de locais como o educandário.
Lendo seus livros-ata, percebe-se que, em oito décadas, nunca foi fácil para o Educandário manter os seus serviços, mas a crise atual tem assumido contornos dramáticos. A realidade do sistema de saúde para pessoas com deficiências sempre foi precária – motivo que originou o Educandário, em 1939 -, mas justamente agora, que a pandemia afeta principalmente a população mais necessitada, existe o risco real de perdermos uma entidade que sempre foi importante aliada. Segundo Carla Neves, Coordenadora da Clínica do Educandário, “os pacientes do Educandário, que já conhecem a falta de ar, dificilmente conseguem internação e não recebem tratamento no SUS, além de dificuldades financeiras desde que nasceram”. Como tem sido em toda a sua história, essa crise só será superada, como foram as outras, com o apoio e solidariedade da comunidade. Para continuar oferecendo o trabalho sério, comprometido, reconhecido e premiado, fundamental para a qualidade de vida dos seus pacientes, a entidade está precisando de doações. Para ajudar o Educandário São João Batista a continuar oferecendo Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fisioterapia Aquática, Fonoaudiologia, Psicologia, Assistência Social e Ensino Especial (Fundamental incompleto) de forma gratuita à população carente, doe qualquer valor, solicitando um boleto mensal pelo WhatsApp (51) 98141-0120. Para mais informações sobre outras formas de colaborar, também é possível entrar em contato pelo telefone (51) 3246-5655, pelo e-mail ou pelas redes sociais Facebook e Instagram.