Confira hoje a sétima parte da crônica Corticeira: a árvore da minha infância, de Adília Cruz da Silveira, publicada em O Jornalecão.
No capítulo anterior, contei a vocês que ganhei uma muda de corticeira, e que ela está se desenvolvendo em um vaso no meu jardim.
Quando chegar ao porte adequado será transplantada no Parque Guarujá Zeno Simon, próximo ao lugar onde ficava a corticeira que fez parte da minha infância, se a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade autorizar.
Já foi feito o pedido de autorização do plantio. Agora, é necessário aguardar a resposta.
Enquanto isto, ela está sendo bem cuidada.
Durante este tempo em que comecei a escrever estas crônicas relatando a vida e o ocaso da minha corticeira favorita em O Jornalecão (o melhor jornal de bairro da Zona Sul), tive a grata satisfação de receber de amigos leitores de vários bairros a oferta de mudinhas de corticeira. Isto me deixou feliz em perceber que a história chegou em várias pessoas.
E comecei a observar os arredores para ver se encontrava alguma árvore corticeira. Isto foi bem difícil, mas vi algumas nas partes mais baixas dos bairros Ponta Grossa, Lami e Belém Novo, e para minha surpresa, descobri uma na casa de um amigo vizinho do bairro Guarujá, cujo quintal fica próximo a uma parte mais úmida.
Mas houve um tempo em que não era necessário caminhar muito pela orla para encontrar uma corticeira florida. Elas nasciam espontaneamente.
Mas, o crescimento populacional e as construções de loteamentos e casas levaram à sua quase extinção. Elas tornaram-se raras, e quase não as vemos mais. Aliás, a maioria nem conhece uma árvore corticeira.
Fiquei pensando: como seria interessante se a SMAMUS fizesse um projeto de plantio de corticeiras no Parque Guarujá Zeno Simon.
Já pensaram nisto?
Uma florestinha de corticeiras na beira do Guaíba!!!…
Texto: Adília Cruz da Silveira
Leia desde o início: Parte 1
