Confira hoje a segunda parte da crônica Corticeira: a árvore da minha infância, de Adília Cruz da Silveira, publicada em O Jornalecão.
O tempo foi passando, e a minha árvore preferida continuava linda coberta de flores durante a primavera e o verão no Parque.
O tempo também passou para mim. Cresci, estudei, casei e morei em outros lugares do Brasil.
Mas não esqueci da árvore que fez parte minha infância.
Ao visitar a família, visitava também a corticeira, que ficava em frente de casa.
Agora, com olhos adultos percebia que as abelhas gostavam das suas flores e, também, que alguns outros seres habitavam seu tronco, que era macio e fácil de ser perfurado (pica-paus, formigas, besouros, marimbondos…)
Uma vez, ao visitar minha árvore preferida, fui atacada por um enxame de marimbondos, que estavam alvoroçados, pois haviam sido irritados por alguns meninos que brincavam no parque.
Com a passagem do tempo percebi que a corticeira andava passando por maus momentos: enchentes ocasionais na orla do Guaíba, ervas de passarinho, poluição, etc.
Muitos galhos estavam secando e as flores, rareando.
Com a passagem do tempo mais e mais galhos da corticeira foram ficando secos e alguns pedaços começaram a cair sobre pessoas e cabos de energia.
Por este motivo, de vez em quando, os funcionários da Prefeitura que faziam a manutenção do Parque Guarujá podavam os galhos mais perigosos.
Uma amiga vizinha, moradora do bairro Guarujá, costuma caminhar seguidamente pelo calçadão e começou a observar a corticeira, e me contar o que via nos seus passeios.
Um dia, ela…
Leia, neste sábado (15/03), a terceira parte de Corticeira: a árvore da minha infância
Texto: Adília Cruz da Silveira