É bom voltar à escola, rever os colegas, brincar, aprender. Só que este reinício está sendo um pouco diferente.
Os alunos estão defasados em relação à aprendizagem, em consequência de três anos de pandemia e do ensino à distância, que dificultou o contato direto entre professores e alunos e levou ao não cumprimento de horários dos estudos, que passaram a ser em casa, sem a devida rotina, e com a companhia constante de celulares e TVs, que tiraram o foco dos estudos.
Testes com os estudantes foram efetuados pelo Sneb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), e os resultados divulgados em 2022 mostraram que os alunos regrediram a patamares de 2015 nas áreas de matemática e língua portuguesa. E a volta à escola em 2022 não foi suficiente para recuperar a aprendizagem perdida. Será importante, em 2023, tentar realizar um acompanhamento mais individualizado, de preferência no turno inverso, e avaliações mais constantes dos resultados. A retomada das rotinas de estudo se faz necessária, com o cumprimento dos horários da escola, mas também em casa, de forma sistemática, priorizando as tarefas escolares, que irão reforçar o que foi visto em sala de aula. O aluno precisa entender que estudo deve vir em primeiro lugar, e de preferência com horário marcado diariamente. O cumprimento desta rotina em casa é de grande importância para recuperar o tempo perdido. Os pais ou os cuidadores precisam estar juntos nesta caminhada para que os estudantes recomponham os conhecimentos e habilidades perdidas nos últimos tempos.
Por Adília Cruz da Silveira (Pedagoga)