O calor intenso na primeira quinzena de janeiro de 2022 entrou para a história como um dos mais fortes que Porto Alegre já enfrentou. Com uma média sempre beirando os 40 ºC, as consequências foram muito além do mal-estar físico que uma temperatura tão elevada pode causar. Além da estiagem, que prejudica as plantações aqui e no estado inteiro, a temperatura elevada na capital gaúcha também fez a população sofrer com a baixa do lago Guaíba, o que dificultou e continua prejudicando a captação e o tratamento da água pelo Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos), que, por sua vez, implica em dificuldades no abastecimento de água potável para a população, que fica mais tempo em casa para fugir do calor, que chegou a atingiu marcas em torno de 45º C de sensação térmica nos relógios de rua, aumentando o consumo e, portanto, a demanda.
Frente a um verão tão rigoroso, as pessoas passam a reconhecer que a água, além de saciar a sede, ajudar na limpeza e no preparo de alimentos, também é uma importante aliada para afugentar o calor. Isso que o Guaíba ainda não está balneável em sua maior extensão!
Enquanto o Dmae fez campanhas de conscientização, o prefeito Sebastião Melo se pronunciou a respeito, pedindo para a população colaborar e fazer uso racional da água, evitando lavar calçadas, usar mangueiras e deixar as torneiras ligadas desnecessariamente, para evitar o desperdício e que pessoas fiquem sem água na capital gaúcha. Apesar de os dias de temperaturas mais elevadas já terem passado, o calor segue intenso em fevereiro, fazendo com que os cuidados com o uso racional da água sejam ainda mais necessários.