Parceria entre empresa privada e a Prefeitura vai viabilizar projeto,
previsto para começar ainda em março
Para impedir que o lixo acumulado no Arroio Dilúvio chegue ao lago Guaíba, está sendo desenvolvida a implantação da Ecobarreira, em parceria da Prefeitura de Porto Alegre com as empresas privadas Safe Web e Ecotelhado, que serão responsáveis pelo desenvolvimento físico do projeto, enquanto o DMLU será responsável por retirar o lixo e o DEP terá a missão de fiscalizar a operação do equipamento e verificar a coleta de entulhos capturados pela barreira ecológica, em trabalho conjunto com a SMAM. A função da Ecobarreira é coletar todo resíduo sólido que estiver flutuando pelo arroio em até 20 centímetros de profundidade e tratar, com ajuda de plantas, um pouco da água antes de chegar ao Guaíba.
Técnica, conhecida como ilhas flutuantes, já é usada em países como Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos
As ilhas flutuantes são uma forma mais econômica de tratar os canais urbanos poluídos pela mistura de esgoto cloacal e sujeira que escorre com a água da chuva. Seguindo as leis da Biomimética (uma área da ciência que se inspira na natureza para desenvolver funcionalidades úteis aos seres humanos), as Ilhas Flutuantes funcionam como ilhas artificiais elaboradas a partir de materiais descartados, onde são plantadas várias espécies vegetais, que fazem o tratamento da água. Ao longo das ilhas flutuantes, haverá um pórtico, como se fosse uma “grade”, que concentrará o lixo coletado ali.
Ricardo Giusti / PMPA
A estrutura da Ecobarreira está sendo instalada próxima da foz do Arroio Dilúvio, no trecho entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio) e Borges de Medeiros. O projeto será implantado em caráter experimental, com acompanhamento durante um ano e, após esse período, ele será avaliado para verificar sua eficácia, podendo vir a ser adotado como uma das práticas na recepção e na coleta de lixo, podendo ser experimentado também em outros arroios.