Por Lourdes Sprenger
Primeira vereadora (PMDB) eleita pela causa animal
em Porto Alegre e Protetora
Na noite de 28 de abril de 2016, no bairro Santana, em Porto Alegre, o cãozinho Theo foi morto a pontapés por simplesmente urinar na calçada. O fato teve grande repercussão na imprensa e provocou milhares de manifestações nas redes sociais e no local do crime, em repúdio à conduta criminosa de quem lhe tirou a vida.
Antes de Theo, centenas de animais provaram a crueldade humana. Muitos continuam sendo vítimas. O caso mais emblemático que acabou em morte aqui no Estado foi o da cadela Preta, prenhe, arrastada por um carro pelas ruas de Pelotas na madrugada de 9 de março de 2005. Outro caso que mexeu com a opinião pública foi a morte da mascote Twid, que caiu de um prédio de forma suspeita no Centro da Capital, em junho de 2014. Neste exemplo específico, a morte do animal, com o perdão da palavra, foi uma ‘‘libertação dos maus-tratos’’, pois, conforme registros na Prefeitura, Twid já vinha sendo espancada, o que consideramos mais um crime brutal.
Por que esta violência toda? Onde vamos parar? Até quando teremos de conviver com esta barbárie? São questões graves, sérias, que exigem grande dose de reflexão por parte de todos nós. Afinal, quem agride um animal, agride uma criança, um idoso… Parece, à primeira vista, que estamos regredindo a uma condição onde impera o salve-se quem puder. Em suma, parece que parte da sociedade está involuindo moralmente.
No meu mandato, atuo para defender a causa animal, e muito tem sido buscado. No entanto, as denúncias de maus-tratos se avolumam de tal sorte que não basta uma ou outra ação pontual, isolada. Está na hora dos órgãos competentes assumirem seu papel, procurando aplicar a legislação vigente e a punição dos responsáveis por tanta crueldade. Propomos a educação ambiental nas escolas, microchipagem de animais, esterilização de cães e gatos com amplo alcance populacional e a criação do Conselho Municipal dos Direitos Animais (CMDA), de acordo com projeto apresentado em março de 2013. Não podemos mais perder tempo!