Após atenderem a uma ocorrência sobre uma invasão de terra em área de preservação ambiental no Lami, no Extremo Sul de Porto Alegre, a comunidade agora teme represálias dos responsáveis. A tentativa de ocupação teve início em outubro e aconteceu próximo à parada 21, com acesso pela Rua E, onde foram devastados cerca de 250 metros de vegetação para a construção irregular de casas, havendo indícios de que, se efetivado, seria um pequeno loteamento. Além da venda de terrenos sem autorização dos órgãos competentes configurar crime de grilagem, o local da invasão também é uma área ambientalmente protegida, cuja manutenção das condições naturais é assegurada por lei.
Após a Associação de Moradores do Lami procurar o gabinete de um representante do legislativo municipal, a SMAMS (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade) foi avisada e uma denúncia junto à Brigada Militar (BM) foi registrada. Na manhã do dia 16 de outubro, equipes da BM, da Guarda Municipal e da fiscalização da SMAMS estiveram no local e constataram a tentativa de ocupação, mas os responsáveis não estavam presentes, o que impediu o flagrante.
As equipes do poder público destruíram o que já estava construído, levaram o material que ainda seria usado, montaram uma barreira física para impedir o acesso ao local e recolocaram a placa indicando que aquela é uma área de preservação ambiental. Como os responsáveis pela invasão não foram encontrados, a comunidade agora teme por represálias, já que, em tentativas de diálogo anteriores, os suspeitos teriam agido com truculência.