Por Lourdes Sprenger
1ª vice-Presidente do PMDB Mulher RS,
vereadora, auditora e ativista da causa animal e do meio ambiente
Estamos em ano eleitoral, escolheremos presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais e precisamos analisar o contexto político para mudanças, que estão em nossas mãos, e aumentarmos a participação feminina.
A cada eleição, observamos um número reduzido de mulheres candidatas e eleitas para atuar tanto no Executivo como no Legislativo, sendo que nós, mulheres, ocupamos apenas 38% dos cargos gerenciais, sejam públicos ou privados.
Conforme o IBGE, as mulheres têm mais escolaridade que os homens, porém recebem, em média, cerca de 75% do rendimento deles.
As mulheres representam a metade da população, mas ainda é um grande desafio participar da política, sendo uma das razões o controle exercido em partidos sobre as candidaturas femininas.
Apesar da legislação vigente, ainda existem candidatas chamadas “laranjas” ou, mais recentemente, de “candidatas fakes”, conforme constatado pelos tribunais eleitorais nas últimas eleições, de 2014 e 2016, quando ocorreram diversas responsabilizações por crime de falsidade ideológica eleitoral. Portanto, claramente alguns partidos lançam candidatas apenas para preencher a cota mínima obrigatória de 30% para cada gênero, sem se preocupar em investir nas campanhas dessas candidatas.
Os recursos e o tempo de TV existentes estão centralizados nas lideranças, que os utilizam para seus interessados, acabando por gerar desigualdades, desestimulando novas lideranças, e dificultando a renovação e a própria eleição de mulheres no pleito.
É necessário corrigir estas diferenças para que sejam equilibradas as chances das que verdadeiramente querem apresentar seus projetos políticos. Queremos mais mulheres na política!