Como forma de valorização da comunicação comunitária, O Jornalecão publicará, a partir desta edição, uma série de conteúdos especiais sobre os 70 anos dos jornais de bairro de Porto Alegre, resgatando sua origem, a história dos principais veículos que circularam ao longo destas sete décadas e curiosidades sobre esta parceria de sucesso entre os jornais lançados regionalmente na capital gaúcha e as comunidades que mantiveram acesa esta chama.
Vamos começar pelo início – o lançamento do primeiro jornal de bairro de Porto Alegre, em 1954 – e prosseguiremos, nas edições seguintes de O Jornalecão, com os principais fatos desta trajetória, desde os primórdios até os dias atuais.
Tudo começou com O SABIdo
Lançado em 1954 em Ipanema, jornal fundado pela SABI foi o pioneiro na cidade e na Zona Sul, considerada o berço dos jornais de bairro
Atualmente, os jornais de bairro de Porto Alegre circulam em área de abrangência que inclui um ou mais bairros de uma região, geralmente com distribuição gratuita, pois são financiados por empresas e pessoas físicas interessadas no desenvolvimento da coletividade. Os principais assuntos dos jornais de bairro estão os relacionados à região e aos principais interesses de seus moradores, destacando as iniciativas locais, os personagens da região, as obras que impactam um ou mais bairros e tudo que se relaciona ao universo de uma determinada região.
Curiosamente, veículos como estes já estão em circulação na capital gaúcha há mais de 70 anos, desde janeiro de 1954, quando a Sociedade Amigos dos Balneários de Ipanema (SABI), que havia sido fundada há alguns meses, lançou a primeira edição de seu informativo, O SABIdo, hoje considerado o pioneiro entre os jornais de bairro de Porto Alegre. O jornal, já tinha muitas das características dos jornais de bairro atuais, entre elas, a distribuição gratuita, a produção por integrantes da comunidade e o patrocínio por meio do comércio local, destinada à comunidade do então balneário Ipanema.
A criação de O SABIdo, por iniciativa de Odemar Ferlauto, contou desde o início com apoio da comunidade, uma característica comum entre os antigos e os modernos jornais de bairro, pois a parceria com os vizinhos é fundamental para sua existência.
Leia na próxima semana:
Histórias dos primeiros jornais de bairro quase caiu no esquecimento