No dia 18 agosto, se completaram 20 anos do falecimento da jornalista Edith Hervé de Souza. Popularmente conhecida na Zona Sul de Porto Alegre como Vó Edith, entre 1994 e 1997 escreveu a Coluna da Vó Edith, espaço no qual tratava de assuntos do cotidiano e “desengavetava” poemas de leitores que, sem a divulgação na coluna, teriam ficado esquecidos. E nestes poucos anos foi uma das mais obstinadas colaboradores de O Jornalecão, auxiliando em muito o jornal nos anos iniciais.
Muitos leitores não sabiam, mas a simpática velhinha que escrevia a coluna mais lida de O Jornalecão tinha muitas outras histórias para contar. Jornalista em tempos de censura e convivendo com grandes escritores, esposa do primeiro tradutor gaúcho (Juvenal Jachinto de Souza), ativista comunitária com grande participação nas ações sociais da Igreja Santa Rita de Cássia. Em 1990, aos 75 anos, recebeu a Medalha Cidade de Porto Alegre, devido aos serviços prestados à comunidade.
Apaixonada pela vida, mesmo com as limitações da idade, não desanimava. Em tempos pré-internet, usava o telefone com maestria para mobilizar as pessoas e buscar seus objetivos, afinal, como Vó Edith dizia:
A vida
Queres que te diga o que ela é?
Não é o que tu pensas
Nem o que eu te poderia dizer
Pois a vida é uma coisa indefinida…
Por isso,
Esplendidamente boa
De ser vividaEdith Hervé de Souza